Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007

Alguém disse...

Hoje ao abrir a caixa de correio electrónico reparei que a minha Tia Ana me tinha enviado este mail. Não resisti a transcrevê-lo para um post. Adorei-o e por isso deixo-o aqui para quem quiser ler ou levá-lo para que outras pessoas o possam ler.

 

 

Alguém disse que um filho está no ventre durante 9 meses.

Esse alguém não sabe que um filho está no coração por toda a vida.

Alguém disse que 6 semanas depois de se dar à luz se volta à normalidade.

Esse alguém não sabe que depois de se dar à luz não existe normalidade.

Alguém disse que se aprende  a ser Mãe instintivamente.

Esse alguém nunca foi às compras com uma criança de 3 anos.

Alguém disse que "bons pais" fazem "bons filhos".

Esse alguém pensa que as crianças vêm com manuais de instruções e garantia.

Alguém disse que "boas" Mães nunca gritam.

Esse alguém nunca viu o filho a partir a janela do vizinho com a bola.

Alguém disse que não é necessário uma boa educação para se ser Mãe.

Esse alguém nunca ajudou o filho a estudar matemática.

Alguém disse que não se pode amar o quarto filho como o primeiro.

Esse alguém não teve 4 filhos.

Alguém disse que não se pode encontrar nos livros todas as respostas às perguntas sobre criar os filhos.

Esse alguém nunca teve um filho que meteu um feijão no nariz.

Alguém disse que o mais difícil de se ser Mãe é o parto.

Esse alguém nunca deixou o filho no primeiro dia de creche.

Alguém disse que uma Mãe pode fazer o seu trabalho com os olhos fechados e uma mão atada atrás das costas.

Esse alguém nunca organizou uma festa de aniversário para a sua filha.

Alguém disse que uma Mãe pode deixar de se preocupar com os filhos quando se casam.

Esse alguém não sabe que o casamento agrega genros e noras ao coração de uma Mãe.

Alguém disse que o trabalho de uma Mãe termina quando o último filho sai de casa.

Esse alguém não tem netos.

Alguém disse que uma Mãe sabe que o seu filho a ama, por isso não é necessário dizer-lhe.

Esse alguém não é Mãe.

Alguém disse que uma Mãe não necessita da compreensão e do "eu gosto de ti" de um filho.

Esse alguém não é filho.

hoje sinto-me: maternalmente feliz
escrito por ban-tee às 10:55
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Terça-feira, 9 de Outubro de 2007

O Nascimento de uma MÃE

O nascimento de uma mãe não acontece num único momento crucial e definido - vai emergindo pouco a pouco, a partir de um trabalho desenvolvido ao longo dos meses que antecedem e se seguem ao nascimento de um bebé.

No percurso até se tornar mãe, a mulher desenvolve uma organização psíquica própria fundamentalmente diferente da que possuía anteriormente, entrando num mundo de experiências apenas conhecido por quem já experimentou a maternidade.

Durante a gravidez, a mulher passa por diferentes acontecimentos biológicos e vivências psicológicas próprias deste período existindo tendência a centrar-se sobre si mesma e sobre o seu próprio corpo.

As vivências são sentidas pela mulher em diferentes momentos da sua gravidez, dividindo-se, deste modo, a gestação e todas as emoções / sentimentos psicológicos a ela associados, em três trimestres distintos, que repartem os nove meses de gestação.

No primeiro trimestre é habitual que se dê a Incorporação da gravidez, que engloba essencialmente sentimentos de ambivalência afectiva, entre o desejo e/ou receio da gravidez e preocupação com as transformações do corpo. Do ponto de vista físico este período poderá ser caracterizado por vómitos e naúseas. A vivência social “obriga” a que mulher esteja feliz e satisfeita com a vinda de um filho, por isso, a grávida pode sentir que não existe um espaço concreto para as suas dúvidas e receios muito característicos desta fase de gestação.

No segundo trimestre de gravidez começa a emergir a Diferenciação. Na vivência psicológica da mulher, esta já incorporou que está grávida e aceita este facto. Começa a percepcionar os movimentos do feto e a aceitar que este apresenta características próprias. A grávida começa a imaginar, sonhar e fantasiar o seu bebé. Neste movimento, a mulher começa a ter percepção que o bebé é alguém que está dentro de si, mas que é diferente de si.

A Separação emerge no terceiro trimestre de gravidez. Com a proximidade do parto, a mulher já aceitou que está grávida, mas terá de aceitar que irá separar-se deste bebé. A perda do estatuto de grávida para algumas mulheres pode não ser fácil, pelo que a separação corre o risco de não ser aceite de uma forma natural. Com a proximidade do parto, a mulher começa a aperceber-se que o bebé deixará de ser totalmente dependente, no entanto emergem igualmente fantasias, ansiedades e expectativas sobre o parto e o primeiro contacto face a face com o seu bebé. Nesta fase, na futura mãe, poderá também surgir um sentimento de insegurança e incapacidade em saber lidar com o bebé.

À medida que uma mulher se prepara para ser mãe, vai passando por uma experiência sem igual. O bebé determinará, durante um certo período de tempo os seus pensamentos, os seus medos, esperanças e fantasias. Um filho faz com que a mulher repense a sua vida, reconsiderando alguns dos seus valores!!! Desta forma, uma mãe terá de se formar psicologicamente da mesma forma que o seu filho se forma fisicamente.

Por outro lado, enquanto a mãe está a desenvolver uma nova identidade, o homem também constrói a sua “organização psíquica da paternidade”. O papel do pai é muitas vezes definido como o de apoio à mulher, uma função extraordinariamente importante, MAS não a ÚNICA... A parentalidade é cada vez mais tida em conta em detrimento da maternidade, o que vem fortalecer cada vez mais o papel do homem enquanto pai e “peça” fundamental no bom desenvolvimento dos laços familiares!!!

É por isso natural que tantas e tão profundas transformações, impliquem um momento de crise na vida de um casal, que tem de reorganizar-se face à chegada de mais um membro no seu seio. Na realidade, dá-se uma ruptura com o passado em que tudo o que está para trás no tempo não pode continuar igual e tudo o que vem no futuro é novo!!!

Tornar-se pai ou mãe pela primeira, segunda ou quinta vez, exige uma reorientação total do significado da vida. Os casais assumem tarefas familiares específicas e os filhos tornam-se o centro da atenção dos pais!

O nascimento de um filho leva a que se dê uma reinvenção da relação parental e que se assista igualmente ao nascimento de um pai e de uma mãe!

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escrito por ban-tee às 15:27
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Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007

Ser Mãe...

Certo dia, uma mulher chamada Ana foi renovar a sua carta de condução. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou... Não sabia bem como se classificar.

O funcionário insistiu:

- O que eu pergunto é se tem uma ocupação, um trabalho?

- Claro que tenho um trabalho, exclamou Ana, sou Mãe.

- Nós não consideramos isso um trabalho. Vou pôr “dona de casa”, respondeu o funcionário friamente.

Uma amiga da Ana, a Marta, soube do que se passara e, durante algum tempo, meditou no assunto. Num determinado dia, encontrou-se em situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.

A primeira pergunta foi:

- Qual é a sua ocupação?
Marta pensou um pouco e, sem saber bem como, respondeu:
- Sou doutora em desenvolvimento infantil e relações humanas.
A funcionária fez um ar de estupefacção e Marta repetiu, palavra por palavra, a sua afirmação.
Depois de ter anotado tudo, a funcionária ousou perguntar:
- Posso saber o que a senhora faz exactamente?
Sem qualquer hesitação, em tom firme, com muita calma, a Marta explicou:
- Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa...
E, pensando na sua família, ela continuou:
- Sou responsável por uma equipa e já recebi quatro projectos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, por vezes, mesmo de 24 horas.
À medida que ia descrevendo as suas responsabilidades, Marta notou um crescente respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o questionário com os dados fornecidos.
Quando chegou a casa, Marta foi recebida pela sua equipa: três meninas de 13, 7 e 3 anos. Subindo ao andar de cima da casa, ouviu o seu mais jovem projecto, um bebé de 6 meses, a ensaiar um conjunto de novas sonoridades.
Feliz, Marta tomou o seu bebé nos braços e pensou na glória da maternidade, nas suas múltiplas responsabilidades e nas horas intermináveis de dedicação...
- Mãe, onde estão os meus sapatos?
- Mãe, ajuda-me a fazer os deveres...
- Mãe, o bebé não pára de chorar...
- Mãe, vais buscar-me à escola?
- Mãe, vais comigo à aula de ballet?
- Mãe, compra-me...
- Mãe...
Sentada na cama, Marta pensou:
- Se eu, sendo mãe, sou Doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que serão as avós? E logo descobriu um título para elas: Doutoras-seniores em desenvolvimento infantil e em relações humanas. E as bisavós? Doutoras executivas-seniores. E as tias? Doutoras assistentes. E todas as mães, esposas, amigas e companheiras? Doutoras na arte de tornar a vida melhor.
E a história, de autor desconhecido, termina com um apelo: “Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre especialização nas mais diversas áreas profissionais, torna-te um(a) especialista na arte de amar”.
É assim a grandeza tantas vezes mal apreciada de ser Mãe. Para isso, não precisará de títulos académicos; mas, de certeza, que vai precisar cada vez mais dos conhecimentos das ciências humanas e da ciência do coração, da sabedoria e da generosidade, para se tornar uma especialista na arte de amar.
Construir um lar só dá para mulheres (e homens) que tenham descoberto a beleza do amor e a ponham acima de outros interesses na vida. Ser Mãe não implica que, a mulher deixe de ter acesso à cultura, ao saber, ao trabalho, à independência económica; mas, por favor, que tudo isso não relegue para um plano secundário a beleza do amor e a fonte de vida que traz em si.
 
Esta história foi-me enviada por uma pessoa amiga, que sabe o que é ser Mãe em condições bem difíceis. Porque é cheia de sabedoria e de afecto genuíno, quis partilhá-la contigo. Agora, é tua. Leva-a contigo e dá-a a mais pessoas.
Quando se ouvem tantos disparates a respeito da sexualidade a que falta significado, quando se promove cinicamente o aborto em vez de dignificar a vida e a maternidade, quando o governo não valoriza a família como condição para educar os novos cidadãos, em nome de que ciência e de que valores se fala??
A sociedade está a envelhecer e a política a definhar porque faltam especialistas na arte de amar...
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escrito por ban-tee às 12:20
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